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Dicas práticas (e reais) para você criar uma startup

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Dicas práticas (e reais) para você criar uma startup
Criado em 30 AGO. 2020
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Eu poderia começar esse texto dando várias dicas de como montar uma startup de sucesso, de como a inovação é essencial para o atual momento do mercado ou até mesmo, como utilizar a tecnologia como ferramenta de expansão da sua solução. Mas eu vou contar um pouco da minha história. Afinal, antes de me tornar consultora do Sebrae e especialista em startups e inovação, eu sou também uma empreendedora que já cometeu - e ainda comete - muitos erros ao longo da jornada.

O lado empreendedor da família veio através dos meus avós, que fizeram da empresa, o núcleo familiar não apenas nas conversas do almoço de domingo, mas rotineiramente. Influência que fez os filhos, sobrinhos e alguns netos virem a criar carreira no setor da saúde, mas desde cedo eu sabia que aquilo não era pra mim. Cursei Jornalismo e Relações Internacionais, sempre sonhei em cobrir conflitos e acordos políticos pelos quatro cantos do mundo e nisso, consegui uma oportunidade para passar uma temporada na Europa. Era 2010 e minha vida nunca mais seria a mesma depois daqueles anos. 

 

Não à toa, dizem que as melhores ideias nascem de grandes perrengues. E foi lá que começou a surgir o que depois viria a ser a minha startup - e eu ainda nem fazia ideia o que isso significava. 

1ª dica: esteja atenta à todas as suas experiências pessoais. As boas e as ruins. Aquilo que te incomoda, que te trouxe dificuldades, coisas que você não entende porque são do jeito que são. Tudo isso pode ser um insumo perfeito para você criar novas soluções. 

Já de volta ao Brasil depois de alguns anos, separada, com um filho pequeno e trabalhando no corporativo, aquelas ideias perturbavam minha mente e eu sentia que precisava fazer alguma coisa. E foi assim que comecei um blog. Queria escrever sobre o que eu tinha vivido, sobre as experiências de outras pessoas, pesquisar e falar sobre outras culturas. Aos poucos, as pessoas começaram a associar o tema de diversidade cultural comigo. 

2ª dica: não existe o momento certo, existe o fazer. E pra isso, basta começar, do jeito que for. Apenas comece algo.

Foi assim, com um blog super caseiro e despretensioso que conheci as pessoas que mudariam completamente a minha jornada profissional e a minha carreira. Eu morria de medo de contar o que eu tinha, achava que as pessoas iam copiar, roubar a ideia, fazer melhor que eu e por isso nunca falava pra ninguém. Foi a partir do momento que eu comecei a falar que bastou uma pessoa perceber o quanto eu acreditava naquela ideia e então, tudo começou a acontecer de verdade. Foi um grande amigo fotógrafo que me fez um questionamento fundamental: 'O quanto você conhece, de verdade sobre esse tema, além da sua experiência pessoal? Você precisa ir a campo.' E assim, lá fui eu, com uma mochila nas costas cheia de coragem. 

3ª dica: conheça TUDO sobre o seu público-alvo. Os hábitos, desejos, interesses, costumes, dores e anseios. Só assim você poderá criar uma solução que faça sentido - não para você - mas para o seu cliente. 

Quando voltei, queria colocar em prática tudo que tinha visto, todas as ideias que borbulhavam na minha mente, mas eu não tinha a menor ideia como começar. Nunca tinha pensado em abrir uma empresa, não tive nada de empreendedorismo e administração na faculdade, nem um plano de negócios eu sabia fazer. Então, tive que correr atrás do prejuízo, buscar todo conteúdo que eu podia encontrar sobre o tema, ferramentas, vídeos, eu consumia tudo que podia. 

4ª dica: não basta ter uma boa ideia, você precisa saber executá-la. Descubra como. 

Mas agora você deve estar se perguntando: 'Mas Marcela, o que tudo isso tem a ver com startups?' TUDO! 

Startups são empresas que tem um produto ou serviço inovador, com baixo custo operacional e que utilizam a tecnologia para atingir o maior número possível de clientes. 

Eu não tinha recursos para investir na empresa, fui fazendo tudo com ajuda de amigos e utilizando ferramentas gratuitas da internet - pesquise, tem muita coisa boa disponível mas se quiser uma ajuda extra, o Toolbox do Sebrae compilou várias ferramentas gratuitas pra você! 

Mas então, como eu vim parar no Sebrae, se tudo deu certo? Pois bem, como eu falei na 4ª dica, não basta ter uma boa ideia. E a execução envolve vender bem o seu produto, investir em leads, buscar parceiros, ter uma comunicação alinhada e atualizada com o seu produto, ter presença digital e principalmente, ter fluxo de caixa entrando. E eu não consegui criar um modelo de monetização que conseguisse sustentar a empresa. Quatro anos e muitos boletos depois, o negócio acabou.

Nessa época, além de mim, tinha a responsabilidade com mais três pessoas na empresa. Foi muito difícil tomar essa decisão, mas sou muito grata por todos os aprendizados e o quanto essa experiência foi fundamental, não só para a minha carreira profissional, mas mudou toda a minha vida. E é essa experiência que me ajuda muito ao apoiar outras empreendedoras no Sebrae/PR a potencializarem cada vez mais seus negócios.

5ª dica: saiba diferenciar resiliência de teimosia. Começar um negócio - seja ele qual for - exige muita responsabilidade consigo, com o mercado e com quem cede tempo e talento para fazer a sua ideia dar certo com você. Saiba a hora de mudar a rota. 

Saber desistir de uma ideia é fundamental para a empreendedora que quer criar uma startup, isso se chama 'Pivotar'. Afinal, quando se cria um negócio inovador, você não tem muito em quem se espelhar, não tem como aprender com as falhas dos outros, não consegue prever muito o comportamento do mercado e do cliente, então o erro é um companheiro contínuo que não pode te desmotivar, mas te fazer errar rápido pra errar barato. Esse é praticamente o mantra da startupeira. 

Mas mesmo assim, as experiências de diversos empreendedores podem te ajudar a avaliar melhor os caminhos, por mais incertos que sejam e eu separei algumas dicas finais pra minimizar esses erros:

  1. Já falamos disso, mas vou reforçar. Conheça tudo sobre seu cliente. Pesquise, converse, pergunte tudo para entender ao máximo o que ele quer e precisa. 
  2. Se você tem claro onde quer chegar, não tenha medo de errar na maneira como fará isso, ouse e arrisque, só assim você poderá entregar algo diferenciado pro mercado. 
  3. Conte sua história, deixe as pessoas saberem porque você faz o que faz. Pessoas compram propósito e histórias através dos produtos e serviços. 
  4. E por fim, busque conhecimento, se conecte com pessoas que podem te ajudar de alguma forma. Isso faz toda diferença. 

E quer saber como se conectar com milhares de pessoas, de todo o Paraná que acreditam na inovação e na tecnologia como ferramenta fundamental para você ter sucesso com o seu negócio? Vem pro Conecta! 

Na 6ª edição, o Conecta é o principal festival do ecossistema de inovação do Paraná e esse ano, será totalmente online e gratuito. 

As inscrições podem ser feitas por aqui e eu te espero pra gente se conectar ainda mais e fortalecermos a presença feminina no ecossistema de inovação do Paraná, afinal...

Vamos juntas? Te espero no Conecta ;) 

 

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