Confira a entrevista com a nutricionista da Prefeitura Municipal de Curitiba, Lúcia Akagi.
Ao comer em casa ou mesmo em um restaurante, é preciso redobrar os cuidados com a higiene e escolher alimentos com alto valor nutricional.
A quarentena imposta pela crescente contaminação do coronavírus (COVID-19), tem impacto na rotina da população, gerando mudanças inclusive na alimentação. Muitos trabalhadores passaram a fazer home office, mas cozinhar pode se tornar uma atividade complexa, principalmente, para quem precisa conciliar a rotina do trabalho com o cuidado com os filhos ou pais já idosos.
Quem não consegue evitar a ida ao trabalho fica exposto a contaminações, sobretudo quando a opção é comer por quilo.
O objetivo desta entrevista é mostrar como as pessoas podem aumentar os cuidados com a saúde em tempos de pandemia.
1. Cuidar da alimentação é uma tarefa mais crítica em uma situação de pandemia. É importante manter uma boa imunidade. Práticas como dormir e comer bem são ações que podem contribuir para isso, deixando o corpo menos suscetível a contaminações. Como incorporar essas práticas na rotina? Existem alimentos “milagrosos” que curem ou evitem o COVID-19?
R: Não existem alimentos milagrosos contra nenhum vírus, mas uma dieta rica em vitaminas e minerais, podem melhorar a imunidade. Por isso, é importante incluir frutas e vegetais variados na alimentação diária. Alguns alimentos que podem fortalecer o sistema imunológico incluem: alimentos ricos em vitamina C (como laranja, limão, acerola e abacaxi), gengibre, alho, cebola, kefir, Ômega 3, alimentos de cor vermelha/roxa e castanhas. Lembrando que além de incluir estes alimentos na dieta, é necessário uma boa noite de sono e uma alimentação livre de ultra processados.
2. A restrição de academias e de exercícios físicos também altera a alimentação. Por que os alimentos de baixo valor glicêmico são ideais às pessoas que estão passando por um período de isolamento?
R: Os alimentos de baixo índice glicêmico, são os mais indicados neste período em que estaremos mais sedentários, pois são absorvidos de forma lenta evitando o acúmulo de gordura. Por isso, opte por alimentos ricos em fibras , como pães, arroz e farinhas integrais. Além disso, devemos evitar açúcares, doces e farinhas brancas.
3. Existem algumas opções coringa para quem precisa fazer um lanche rápido?
R: Para quem não tem muito tempo para fazer uma alimentação completa, os lanches à base de frutas são uma ótima opção. Você pode deixar cortado as frutas e colocar em potinhos individuais. Pode ainda incrementar com fibras como linhaça, chia, aveia. Outra dica são as castanhas, que possuem gorduras boas e nutrientes importantes para a imunidade.
4. Mesmo acertando na alimentação, a higiene é essencial dentro e fora de casa. De que forma isso pode ser feito para quem está em isolamento ou para quem precisa comer fora de casa?
R: Os cuidados com a higiene são essenciais neste momento. Procurar passar álcool em embalagens dos alimentos logo que chegar em casa. As frutas e vegetais devem ser deixados de molho em água sanitária por 15 minutos - uma colher de água sanitária para cada litro de água -, enxaguando em seguida.
Nos restaurantes por quilo, todo cuidado é pouco. Como há mais circulação de pessoas e os alimentos ficam expostos é recomendado higienizar os pratos e talheres com álcool em gel antes de servir o bufê. Após se servir, também é importante deixar as mãos limpas para evitar contaminação por meio dos utensílios compartilhados entre os comensais. Outra alternativa, é optar por talheres e copos descartáveis.
Nutricionista da Prefeitura Municipal de Curitiba, Lúcia Akagi.