Escutei um áudio divulgado no canal Radio Peão da Você S/A, pelo Spotify, sobre o tema acima e gostaria de compartilhar com vocês.
No momento em que estamos atualmente, muitas transformações estão acontecendo e com isso o clima organizacional pode ficar abalado. Quais são as estratégias para manter o engajamento em alta? É o que Edise Toreta, líder de recursos humanos da Merck para a América Latina, e Tatiana Iwai, professora e pesquisadora de comportamento organizacional e liderança no Insper explicam no episódio que citei acima.
A crise traz algumas oportunidades, mas também traz desafios.
Segundo o episódio, de forma geral em épocas de crise, o trabalhador fica mais receptivo e flexível a se engajar com os propósitos da empresa, o que abre uma oportunidade para aumentar a sua identificação com a organização.
Contudo, por outro lado, a crise também traz a questão do distanciamento social, e a falta do relacionamento social impacta negativamente a relação entre os colaboradores. Já a proximidade facilita o compartilhamento de ideias e agilidade na tomada da decisão.
Com todo esse contexto o papel da liderança é fundamental para que exista um clima de empatia entre todos.
É necessário escutar a equipe para identificar as necessidades de cada colaborador, entender a realidade de cada indivíduo, e pensar em ações que gerem aproximação e relacionamento.
O relacionamento é importante, pois o contato faz parte da cultura brasileira.
Estudo realizado pela Harvard Business Review trouxe que 4 em cada 10 profissionais se sentem desengajados por conta da ansiedade que surge quando há a necessidade de aprender novos processos de trabalho. Temos conjuntos de fatores que reduzem o engajamento e outros conjunto de fatores diferentes que elevam o engajamento.
Os fatores que reduzem o engajamento são aqueles que vão levando o colaborador ao bornout, que é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso. São fatores de aspectos físicos, psicológicos, e sociais que podem se tornar estressores do trabalho. Podemos incluir entre esses fatores a pressão do tempo, sobrecarga de trabalho, possibilidade de não realizar as entregas. Isso pode causar uma ansiedade que faz com que a energia do colaborador caia.
É preciso reduzir esses estressores de trabalho ao mesmo tempo que há necessidade de potencializar outros fatores que são condutores do engajamento.
A liderança deve ser um exemplo, transformar a situação em algo positivo. Ela deve entender a equipe, adotar uma comunicação efetiva, transparente. Entender o que é desconfortável e único para cada um, avaliar a necessidade do grupo, o manter o equilíbrio nos compromissos virtuais (como chamadas e reuniões).
A empresa deve comunicar quais são as prioridades do momento. É importante que o empresário tenha um diagnóstico da situação e clima organizacional atual, para que isso auxilie na tomada de futuras decisões. Saber como está a saúde física e mental da equipe.
É importante manter o cuidado tanto da saúde da empresa, quanto dos colaboradores. Cuidar tanto das entregas que a equipe precisa fazer, quanto dar o suporte emocional quando necessário.
Outro aspecto a ser observado é a autonomia concedida à equipe. Quando se concede autonomia, você aumenta a responsabilidade por parte da equipe, responsabilidade essa também chamada de accountability.
Os resultados das ações adotadas dependem do conjunto de questionamentos, estratégias, ferramentas e processos, aliados ao desejo de, verdadeiramente, investir no capital humano e oferecer o melhor ambiente de trabalho.
Necessário lembrar que o engajamento começa de cima para baixo e que a gestão tem um papel muito relevante na condução desses processos.
“Aliado ao aprendizado, o propósito é um dos elementos mais fundamentais para aumentar o engajamento.” – Tatiana Iwai, professora e pesquisadora de liderança no Insper.
Nos vemos novamente em breve!
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André Azevedo - Consultor do SEBRAE/PR - Londrina/PR.
Consultor - Sebrae/Pr atuando na Regional Norte em Londrina (PR). Formado em Administração de Empresas, com especialização em Economia de Empresas, MBA em Gestão Executiva de Pequenos Negócios, e MBA em Gestão Industrial e Manufatura Enxuta.